“Há três coisas misteriosas demais para mim,
Quatro que não consigo entender:
O caminho da ave no céu,
O caminho da serpente na terra,
O caminho do navio em alto mar,
e o caminho de um homem dentro de uma mulher.”
(Pv. 30: 18 – 19)
Nunca imaginei nos meus 20 e poucos anos que 2 semanas incríveis e libertadoras da minha vida pudessem acontecer tão longe de casa. Mas aconteceu. Depois de viajar no ar, na terra e no mar, cheguei a um lugar que hoje, para mim, é sagrado. O lugar onde encontrei um pouco mais da minha feminilidade, um pouco mais de mim.
Entre diferenças e semelhanças descobrimos amizades que mesmo que nunca mais se encontrem estarão bem guardadas, protegidas na memória de cada uma como um tesouro de valor estimável. Espero que um dia reencontre a todas na luta que nos propusemos estar, quem sabe estaremos juntas trazendo a paz, desenhando círculos, tecendo colchas, costurando idéias umas das outras, bordando artes.
Já fazem algumas semanas e ainda não me canso de rever todos os momentos na minha memória e reviver o momento em que senti que não preciso ser apenas uma mulher desconstruindo alguns mundos. Eu posso ser aquela que ao achar a moeda perdida, tem amigas para compartilhar a sua conquista. Quem sabe essas mesmas amigas poderão ajudar a achar a moeda, revirando a casa, mudando os móveis para que tudo possa estar mais visível, mais à nossa cara.
Depois desses momentos nada voltou ao normal. Muitas decisões foram tomadas, muitas estão em projetos com prazo defino de realização. E assim sigo meu caminho sem medo de voar como a ave, de rastejar como a serpente, flutuar como um navio e de amar um homem dentro de mim.
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