Um dos encantamentos de ser mulher.

Nova vida

Estamos quase prontos para receber a nova vida.

Nova vida chegando e vida nova para nós.

Frio na barriga, dúvidas e dívidas,

Felicidade, misturada com ansiedade.

Vontade de não querer, querendo.

Choro e riso, loucura e sanidade.

Família, amig@s e muita expectativa.

Deusas e deuses prontos para abençoar e guiar os passos

Da nova vida e da nossa vida nova.

Nós cristãos em vez de levantar tanto as mãos para alcançar o céu, poderiamos baixa -las um pouco para que elas pudessem alcançar as pessoas.

Amor Pra Recomeçar

Frejat

Composição : Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília

Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...

Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Sou filha de Deusa

Sou bela

Mulher feminina de cor dourada

Sou papel dobrado que se transforma em arte

Sou texto, história contada que ensina e alegra

Sou tantos e tantas

Sou sorriso e choro

Insegura e corajosa

Sou cacheada assumida

Feminista

Sou mulher, amante e mãe

Sou pedinte de pouca coisa

Sou feliz.

Como o profeta Amós, Padre José Comblin incomodava - Carlos Mesters

http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=1&noticiaId=1885

Ainda Bem

Composição : Liminha/Vanessa da Mata

Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Nos dias frios em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me mandam são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Ainda bem
Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá
Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me mandam são fato
Do nosso cuidado e entrega
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Entre tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa hein?
Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor.

Entre tantos anos
Entre tantos séculos
Que sorte a nossa hein?

Entre tantas paixões
Esse encontro
Nós dois, esse amor.

Não deixem que calem a nossa voz

Envolvida pela expectativa da chegada do dia 8 de março, quando todos os países comemoram o dia internacional da mulher, parei um pouco pra pensar no dia-a-dia de muitas mulheres que lutam pela própria sobrevivência. Também pensei em algumas figuras femininas da bíblia que sofreram exclusão, sendo silenciadas pela dor e por normas estabelecidas por modelos machistas de religiosidade.

Para começar, considero importante lembrar o desejo de Eva (figura feminina na criação) pelo conhecimento, por respostas a respeito de si e da natureza. Ao alcançar o que saciaria seu desejo, ela foi excluída, marginalizada, e ainda colocada numa posição de dor e sofrimento através da gravidez. Teria Deus proibido à humanidade de conhecer o bem e o mal? Buscar esse conhecimento nos teria realmente feito sentir dor no momento de gerar vida? Essas são perguntas que só me trazem mais perguntas.

Mais adiante a bíblia me mostra uma mulher profetiza, chamada Miriam. Trabalhava para o povo com o mesmo poder que seus dois irmãos, numa espécie de parceria ministerial. Em dado momento da história viu o poder centralizado na mão de apenas um e se mobilizou junto com seu segundo irmão para questionar aquela hierarquia. As conseqüências do seu grito por justiça lhe trouxeram exclusão, humilhação e dor. Seu corpo de mulher foi atingido violentamente, enquanto seu segundo irmão que reivindicou junto com ela saiu ileso da história. Sinto pelo corpo dessa mulher e pelo meu, que tantas vezes quer ter voz num circulo masculinizado, porem recebe exclusão, humilhação e dor.

Preciso também relembrar das mulheres de Corinto às quais Paulo exorta: “... mulheres calem-se nas assembléias; elas não têm permissão para falar; devem permanecer submissas, como o diz a lei.” Que lei é essa que nos cala, que nos submete a saber por meio de terceiros os acontecimentos das assembléias? Depois de conhecer tantos relatos bíblicos de mulheres lutadoras, inteligentes, e de tantas outras virtudes, que nos colocam em pé de igualdade com os homens, vem Paulo e manda que eu cale a minha voz.

Ouvir alguém dizer que nós mulheres temos o poder de conseguir o que queremos em passos sorrateiros por traz das cortinas, isso me parte o coração. Precisamos estar nos palcos e ter voz. Por mais que quisessem calar o saber e o trabalho de mulheres, as muitas Evas e Mirians resistem até hoje, com luta, dança e gestação de sonhos e vida.

8 de março não é comemorado como história bíblica, mas até deveria. A lembrança de mulheres cansadas de se submeterem a jornadas de trabalho excessivas, protestando com seus corpos e vida por justiça. Silenciadas com a morte. Tantas mulheres já foram presas, violentadas, vitimas de violência domestica, ao parir tiveram seus filh@s arrancados dos seus seios, tudo para calar a voz e a vontade de justiça de nós mulheres. Hoje com orgulho de ser mulher, filha, esposa e mãe vou agir comendo frutas, dançando, usando o meu corpo para lutar pela justiça e igualdade de mulheres e homens.

Eu tenho um nome e me chamo mulher, por Fernanda Priscila Alves da Silva

http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=9¬iciaId=1793

A imagem da divindade

“Deus criou Adam (ser humano) à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou; criou-os macho e fêmea.” Gênesis 1.27

A divindade criou o ser humano a sua imagem. Meus olhos embaçados conseguem ver um pouco de clareza na leitura desse texto e me traz suspeitas a respeito de ensinamentos que ouvi por longo tempo. Sempre tive a certeza de que a face de Deus ninguém jamais pode ver. Como assim? Eu sou a imagem de Deus. E não me venham com a conversa de características da humanidade, como racionalidade e outras que usam por ai como desculpa.
Vamos sentar e conversar falando apenas verdades, eu sou a imagem da divindade, assim passo a ser divina, e posso enxergar no outro um ser divino. Eva a primeira mulher no parto de seu primeiro filho em Gn. 4.1 diz: “Eu fiz surgir um ser como YHVH.”. Nas traduções tradicionais a frase esta diferente, mas prefiro seguir o original.
Diante da fala de Eva, ela gera um ser divino. Sendo divina me vejo ainda mais cheia de responsabilidades diante da criação, diante do outro. Se todas e todos tivessem o conhecimento de que é um ser divino cuidaria mais da natureza, do próximo, pois todos inspiram a divindade.
Tudo isso é tão complexo, e tão excitante, que tenho a necessidade de sair por ai perguntando a todas e todos, porem tendo a consciência que posso não encontrar as respostas. Continuarei perguntando para mim, para a divindade, para todos. Apenas não vou admitir que me enganem mais uma vez.

A notícia de poder gerar um filh@, trouxe uma grande alegria para os nossos corações e diante da felicidade daqueles que nos ouviram anunciar essa boa nova nos embriagamos de emoção e contentamento, pelos sorrisos e abraços. Porem individualmente mergulhei num sentimento de confusão perante um corpo mutante que a cada dia aparece diferente, algumas dores, e o som de todos me chamando de mãe. Por alguns instantes entrei no desespero de não me sentir eu, mas apenas mamãe.

Algumas lagrimas e muitos pensamentos me fizeram ir para a reflexão da bíblia onde está escrito a criação. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança;... Gn. 1-26. Não quero com esse texto me comparar a nenhum deus ou deusa, mas, me definir como geradora de uma vida na qual sairá de mim. Pensei, pensei até cansar, de como e onde encontrar razões para sentir o que estou ouvindo de todos agora, que a gestação é o momento mais lindo de uma mulher.

A dimensão divina de gerar a vida da humanidade é algo impossível de imaginar, assim, procurei encontrar um sentido para a gestação do mundo pela divindade. O que veio a mente foi que a humanidade é fruto de um amor sobrenatural, inexplicável de seres divinos e que após criar o belo universo considerou que precisava fazer uma determinada criatura para oferecê-lo. Não fomos diferentes, decidimos como fruto do nosso amor, fazer alguém que pudesse ser a nossa imagem e semelhança e oferecer tudo de mais belo que já construímos.

Refletir sobre a criação da humanidade e minha gestação que inicia, pude entender que apesar de tantas mudanças que me confundem, sou geradora de vida, como imagem e semelhança da divindade que me fez. Vou poder criar alguém para desfrutar as belezas da humanidade, da natureza e do melhor de nós. Pensando dessa forma pude entender que não serei outra a partir da gestação, mas sim a mesma e para alguém serei a mãe. Estou aliviada, pelo menos por enquanto. Espero que a cada dia eu possa encontrar forças nesse amor divino que nos fez decidir sobre gerar uma vida e encontrar também na divindade a força para seguir em frente.

Agradeço a todos e todas que nos apoiam e ajudam em nossa caminhada como casal e agora como pais.