"Ela é livre e ser livre a faz brilhar. Ela é filha da terra, céu e mar." Ivan Lins

sábado, 10 de abril de 2010

Calvin



Lendo a tirinha do Calvin, refleti sobre a criticidade das crianças, algo quase imperceptível à maioria dos professores que em sala constroem saberes a respeito de projetos sem ao menos perguntar ao aluno se eles querem ter acesso àquele conhecimento.
Existem muitos teóricos velhos (ou até mortos) que acreditam numa educação transformadora e libertadora para a educação das crianças, mas assim como Calvin, muitos alunos se deparam com escolas e professoras/es que deixaram a pedagogia dentro das universidades e reproduzem modelos ultrapassados, aprisionando em suas limitações culturais e falta de leitura, seus alunas/es.
As crianças precisam viver sua atualidade, respirar seu mundo, ser críticas, revolucionárias na busca pela sua liberdade e não conduzidas a sentar em uma cadeira com uma mesa em sua frente, ouvindo uma voz que parece que só sabe falar as expressões: Senta menino! Silêncio!
É engraçado saber que tantas/es profissionais da educação dizem concordar com Paulo Freire em seu livro Pedagogia da autonomia, onde o mesmo fala que “ninguém é sujeito da autonomia de ninguém”, e mesmo assim voltam para a sala de aula e transmitem o oposto do que aprenderam com o velho Freire.
Uma coisa eu acredito, não quero me inserir nesse modelo arbitrário. Quero que as/es alunas/es sintam prazer em estar na escola e aprender. Quero ser a Educadora que Rubem Alves cita em seu livro já em 1991, “... um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos”.

sábado, 3 de abril de 2010

Palavras



Onde estão as palavras?
Talvez elas estejam embaralhadas,
E não querem se comprometer,
Com uma mulher que também não quer se envolver,
Talvez até queira,
Mas as palavras fogem,
Trazendo confusão nas idéias e desilusão
Para a mulher que não encontra as palavras.
Nem as certas, nem as erradas.
Se ao menos encontrasse alguma delas,
Poderia expressar o que senti,
E o que vive.
Vida feliz
Mesmo sem tantas palavras.
E quando as encontrar,
Talvez nem precise mais.
Talvez nunca tenha precisado
De viver com tantas palavras.